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sábado, 2 de agosto de 2014
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Ensaio. Experiências de Estágio Curricular Supervisionado II
Nesta breve escrita, quis contar um pouco das minhas experiências dentro da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado II, do curso de Geografia, da Universidade Federal do Espírito Santo. Esta disciplina foi ministrada com muito zelo pelo professor doutor Soler Gonzalez.
Data: 08/06/2014
Data: 08/06/2014
Ao chegar ao ensino médio, em uma sala de escola pública, muitos alunos percebem sua realidade, não que antes essa realidade estava encoberta, mas sim, que neste momento a ficha começa a cair, e é necessário tomar um rumo na vida, vida profissional, e parece tudo mais complicado e difícil quando se está em uma escola pública. Lembro-me da coordenadora da escola em que estudei no ensino médio dizendo para minha mãe e para mãe de um colega: “Seus filhos não merecem está aqui”. Fica nítido hoje para mim, a visão da inferioridade da escola pública que partia de dentro dela. Creio que já tenho colaborado para mudar esta visão da educação pública no Brasil, e me imagino podendo fazer ainda mais no futuro próximo.
Nesses últimos dias, no decorrer das aulas de Estágio Curricular Supervisionado II tenho notado que o quão é complexo a área da educação, mas ainda do que pensava, e o quanto temos e podemos fazer para melhorar a educação no Brasil. Os trabalhos educacionais têm seus limites impostos seja por currículos com diferentes objetivos dos que acredito se melhor para sociedade, ou ainda por limitações de recursos físicos para melhorar uma aula, como a possibilidade de um laboratório para deixar aulas mais dinâmicas ou até mesmo aulas de campo, que geralmente são tão complicadas de se realizarem, contudo vejo que muitos profissionais se esforçam para trazer uma aula atrativa ao aluno ou mesmo que o aluno se sinta parte do que estar estudando. Não é algo simples, exige prática, e perseverança, pois pode não dar certo na primeira, e se não der certo, não significa que não deu certo, mas sim deu certo, só não do jeito que foi planejado.
Clebson
do Carmo (d) e Gabriel Lecoque durante a aula a ser aplicada em Estágio Curricular Supervisionado
II. Foto do arquivo pessoal de Ronald Pereira.
As
últimas semanas da disciplina de Estágio Supervisionado II tivemos a
oportunidade de ministrar aulas para os nossos colegas de turmas, alguns
simularam um aula para um turma da educação básica outros mostraram como seria
a aula, outros ainda como a minha dupla, Clebson e eu, fizemos algo misto com
parte do tempo de que tínhamos para apresentar como seria a aula e em alguns
momentos agindo como se nossos colegas de turma fossem nossos alunos, e em
todos as aulas (aulas que em sua maioria foram em dupla, exceto a aula ministra
pelo Fernando Bravim) houve qualidade, aulas com os mais variados temas, e
diversas formas de transmissão e recepção de conhecimento. Lembro-me neste
momento da famosa frase de Paulo Freire:
"Ninguém
educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si,
mediatizados pelo mundo."
Acredito
que foi e será proveitosa a experiência, mesmo para aqueles que já atuam seja
em estágio, ou até mesmo como professor em sala de aula.
Algumas
aulas me chamaram a atenção por alguns detalhes, e por isso me atrevo a
escrever algumas considerações.
A
aula ministrada pelo Fernando Bravim, que teve como tema “Rochas Minerais” me
chamou atenção devido à forma até um pouco menos convencional de agir do professor,
mas o professor se mostrou “solto” e atraiu a atenção dos colegas para o tema a
ser abordado, e apesar de trabalhar uma aula que tinha o mesmo tema que colegas
já tinha apresentado, a saber a Dayane e a Rubyana, mas foi outro tipo de aula,
o recurso do data show, como bem observou o Rômulo nos comentários após a aula
do Fernando, foi apenas um recurso a mais, uma ferramenta de auxilia na
visualização, não algo central da aula, como as vezes acontece em aulas que tem
este instrumento presente.
Outra
aula que me chamou a atenção foi à proposta do Rômulo e do Renato, que teve
como tema “Mapeando a cidade que ‘vejo’”, pois seria uma aula que valorizaria o
conhecimento do aluno, de como este aluno vê a cidade, e imagino que está aula
poderia ser a primeira de uma série de aulas que buscaria entender a cidade, a
geografia urbana, sendo assim, abrir-se-ia um “leque” de possibilidades de
entender a cidade, principalmente pelo fato de já se saber como o aluno entende
a cidade, o que ele já conhece, e assim traria fatos e comentários sobre os
vários detalhes do meio urbano, e até do urbano meio rural, aquelas áreas que
tem muitas características rurais, e poderia ser problematizado com aluno.
Estas
aulas como as demais são interessantes, e espero poder aplicá-las como meus
futuros alunos.
Bibliografia:
FREIRE,
Paulo. Pedagogia do Oprimido. 9 ed., Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra. 1981,
p.79
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Ensaio: uma forma de escrita proveitosa
Ensaio é uma forma de escrita que pode ser considerada mais livre, em que o objetivo é mostrar "a sua pessoa" nas palavras. Não é proibido utilizar "eu", pelo contrário é até incentivado.
Como atividade da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado II, do curso de Geografia,
ministrada pelo professor doutor Soler Gonzalez, da Universidade Federal do Espírito Santo, escrevi este ensaio, e venho por meio desse blog compartilhar com vocês.
Como atividade da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado II, do curso de Geografia,
ministrada pelo professor doutor Soler Gonzalez, da Universidade Federal do Espírito Santo, escrevi este ensaio, e venho por meio desse blog compartilhar com vocês.
Gabriel Lecoque Francisco.
ENSAIO
Após
terminar o terceiro ano é prestar o vestibular sem obter êxito, o êxito
esperado, consegui uma vaga em um pré- vestibular, sem precisar pagar, o que me
deixo alegre, e com perspectivas que dia melhores viriam. Continuava no
decorrer do ano com a ideia de que o curso superior traria dinheiro, principalmente
com engenheira, pra ser mais exato, engenharia civil, curso a qual eu já havia
tentado no ano anterior. Porém já para dias de agosto, a fixação pelo curso já
não era tanta, por vários fatores: não acompanhava as aulas de matemática e
física com prazer, ficava atento e muito atento nas de história e geografia, naqueles
dias estava fazendo o curso técnico de edificações e percebia que não era o que
esperava, e, um dos mais relevantes fatores é que a cada dia que observa a
pedreira próxima ao Mochuara em Cariacica, via aquele cenário e tentava entender
por que destruir a natureza, sendo que eu sabia, mas buscava uma resposta
complexa, além do que se percebia em um primeiro momento. Questionado por
alguns optei por Geografia e se aproximava os dias das provas do vestibular.
Antes
da prova do vestibular da UFES, alguns colegas e amigos questionavam a escolha
do curso, e logo diziam: “Está querendo virar professor... sai dessa vida,
porque não tenta algo melhor”, o que eles não sabiam é que eu gostava da ideia
de “virar” professor, e sempre que tinha oportunidade dizia os motivos. Minha
mãe me apoiava, e dizia que o que é bem feito e com vontade colhe os frutos e
me pai, da forma dele, também me apoiava, não somente eles, mas também outras
pessoas, entre familiares e amigos.
Ao
começar o curso de Geografia, percebi que seria diferente do que imaginava,
diferença da geografia vista no ensino médio. Trabalhei durante um tempo no
ramo da construção civil e no quarto período entrei no PIBID (Programa Institucional
de Bolsa de Iniciação à Docência), atuando em uma escola da prefeitura de
Vitória, escola que estou até os dias de hoje.
Dentro
da sala de aula, atuando como professor, eu me encontrei no curso de geografia,
pois no meio do curso algumas pessoas têm a “síndrome de perdido na vida
profissional” em que o grande questionamento é: será que eu fiz a escolha
certa? Bem, eu acredito que sim. A experiência dentro do PIBID tem sido o
grande trunfo dessa questão, não ter entrado de “paraquedas” na sala de aula
deu uma percepção diferente da ambiente escolar, e aos poucos comecei a me
soltar trabalhando algumas aulas, corrigindo exercícios e realizando alguns
projetos com a professora supervisora, que tem sido uma grande aliada na minha
vida acadêmica/profissional.
Uma
das atividades que marcaram meu início no PIBID foi o trabalho “As faces do
Brasil” ao qual realizamos (Josimar, minha dupla na escola no momento, e a
professora supervisora) com o 7º ano, uma atividade que consistia em grupos de
alunos responsáveis de preencher o mapa do Brasil em papel cenário com figuras
de recorte de revistas em jornais, buscando preenche locais do Brasil com
singularidades de cada região/ estado. Esta atividade proporcionou uma noção da
turma, suas limitações e também os conhecimentos que estes alunos tinham e a
percepção de locais que eles não estiveram, o que foi bem gratificante pelo
interesse e perguntas que eles faziam. Após o trabalho concluído e exposto me
sentia como um educador, alguém pertencente aquele ambiente, o ambiente
escolar.
Atuando
como professor, sem o professor supervisor, com a obrigação de pauta
preenchido, chamada, prestação de conta ao pedagogo e a coordenação da escola
foi um pouco mais fácil, pela experiência com o PIBID. Comecei a atuar com o 7º
ano em uma da prefeitura de Cariacica, e cerca de um mês depois assumi turmas
do 8º e 9º ano de um outra escola da
mesma rede de ensino, era um outro contexto, e ter o domínio de sala se fazia
bem difícil, domínio ao qual eu me referia e queria era no sentindo de ter
liberdade de trabalhar as aulas e os conteúdos (os quais eu já me questionava
se eram necessário) e poder ter um diálogo com estes alunos, parecia
impossível, o que eu fazia para chamar atenção e tornar a aula interessante não
resolvia, fiquei mas preocupados com “os tiques nervosos” que apareceram
durante um tempo, não queria gritar com os alunos, foram dois meses de
adaptação difíceis, assumir uma turma no meio do ano é complicado, contudo três
ações me ajudaram conversar com alguém, com minha mãe, que deu um ânimo para
que não desistisse;uma palestra da rede de diálogo geográficos ao qual
professores mostraram suas aflições, motivações e estratégias, o que me fez
pensar: “Não estou sozinho, não sou apenas eu que tenho problemas”; e um sentimento
de fé que as coisas poderiam mudar. Após estes momentos os problemas
continuaram, mas as soluções surgiram. Nesse contexto me faz lembrar de uma
frase do meio cinematográfico.
"Não importa o qual forte se possa bater, essencial é resistir aos
golpes e seguir adiante. Assim é a vida!" (BALBOA, Rocky. 2007)
As
atividades que mais me impressionaram quando estava na rede de Cariacica, e que
quero compartilhar foi a uma aula do 9º ano com a utilização de um episódio do
desenho animado do Bob Esponja, o episódio “Bob Esponja Protesta”, que
resumidamente consistia na luta do Bob Esponja e seu amigo Patrick na
preservação do campo das águas vivas, e que foi possível fazer um link com os
protestos que estavam a todo vapor em várias partes do Brasil. O interessante
foi a participação dos alunos num debate após o vídeo, e até mesmo o pedido que
fosse trabalho outros episódio do desenho animado em sala de aula, o que me
surpreendeu, pois geralmente desenhos são tachados como infantis para ser
trabalhar com alguns séries, mas fica a prova que com uma boa “garimpada” é
possível achar episódios bem valiosos e úteis.
Outras
experiências que não cabem aqui, mas por certo em outros momentos serão
trazidos, com prazer, pois esta é uma parte da minha com a geografia e com
ambiente escolar.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
sexta-feira, 28 de março de 2014
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